Vítimas de parada cardíaca tem suas chances de sobreviver reduzidas em 10% a cada minuto que passam sem receber os primeiros socorros. Portanto, seja em um acidente ou durante um mal súbito, é fundamental que profissionais de saúde conheçam os procedimentos de emergência que devem ser aplicados para aumentar as chances de sobrevivência do paciente.
Conhecida também como PCR, a parada cardiorrespiratória é, basicamente, a interrupção abrupta da circulação sanguínea, que dificulta a respiração, causando dor no peito e dores fortes de cabeça.
Para aumentar as chances de sobrevivência da vítima, a técnica de primeiros socorros mais relevante é a sequência de suporte de vida ou ressuscitação cardiopulmonar (RCP) que inclui o uso de desfibriladores externos automáticos.
Porém, não são todos os profissionais da área da saúde que se sentem aptos para realizar esses procedimentos de emergência e que possuem os conhecimentos técnicos necessários para atender o paciente com qualidade.
Foi pensando na relevância desse assunto que produzimos esse artigo com dicas de como aumentar as chances de sobrevivência de vítimas de parada cardíaca e como se tornar um profissional mais preparado para atender pacientes com esse quadro clínico com mais rapidez e eficiência. Confira!
Como aumentar as chances de sobrevivência em casos de parada cardíaca
Dados divulgados em pesquisas realizadas por renomados institutos e hospitais de todo o mundo revelam que, em casos de parada cardiorrespiratória, se a vítima não receber ajuda em até dez minutos, suas chances de sobreviver são inferiores a 4%.
Por outro lado, ao receber a massagem cardíaca, seguida do atendimento médico adequado, a probabilidade de aumentar as chances de sobrevivência do paciente sobe para quase 50%.
Portanto, é imprescindível conhecer as técnicas certas e todos os procedimentos que envolvem esse tipo de atendimento de emergência.
Pensando nisso, listamos algumas dicas para ajudar você a compreender melhor como funciona o processo de assistência em casos de parada cardíaca para garantir um atendimento eficiente e salvar mais vidas. Acompanhe!
Atendimento rápido
Quando o corpo sofre uma parada cardíaca, ele entra em colapso e começa a passar por uma espécie de desligamento.
O córtex, que é a parte do cérebro responsável pelo processamento neural, reduz consideravelmente suas atividades, desencadeando deficiências no organismo.
Isso pode fazer com que outras células cerebrais parem de funcionar completamente, o que pode gerar graves lesões cerebrais na vítima. Porém, esse processo pode acontecer horas após a parada cardíaca.
Por isso, prestar um primeiro atendimento rápido e eficiente é fundamental para garantir uma maior chances de vida ao paciente. Porém, esse é apenas o primeiro passo dentro de uma cadeia de procedimentos que devem ser seguidos.
Cadeia básica de sobrevivência
O tratamento de uma parada cardiorrespiratória deve seguir um protocolo específico para cada caso, conhecido como cadeia básica de sobrevivência.
Desenvolvidos por médicos e profissionais especializados, a cadeia de sobrevivência é um conjunto de procedimentos que visam aumentar a eficiência do socorro prestado às vítimas de parada cardíaca.
Conhecer esse protocolo é fundamental para os profissionais da área da saúde porque ele é composto por seis elos de procedimentos, que devem ser realizados na sequência correta, com qualidade e precisão para que os resultados sejam consistentes e mais vidas sejam salvas.
Basta um elo fraco na cadeia de sobrevivência para reduzir drasticamente as chances de sobrevivência em casos de paradas cardíacas.
O primeiro elo consiste em chamar o serviço de emergência, assim que a parada cardiorrespiratória (PCR) for diagnosticada. O segundo elo é dar início ao protocolo de reanimação cardiopulmonar (RCP) através do Suporte Básico de Vida.
O terceiro elo é usar o desfibrilador externo automático (DEA) para reanimar o paciente de forma efetiva. Em seguida, no quarto elo, são aplicadas técnicas de Suporte Avançado de Vida para estabilizar e manter a vida do paciente.
O quinto elo consiste nos cuidados que são realizados após a reanimação cardiopulmonar. O último elo são os cuidados pós-parada cardiorrespiratória em que todo apoio deve ser oferecido ao paciente e familiares para a recuperação do evento de PCR.
Uso correto de DEA e RCP
Como citamos no item anterior, na segunda e terceira etapa da cadeia básica de sobrevivência, é necessário realizar a RCP com segurança e utilizar o DEA da forma correta.
No caso da reanimação cardiopulmonar é bastante importante que ela seja realizada com eficiência, porque é graças a esse procedimento que o sangue passa a ser transportado para o cérebro novamente, conseguindo reanimar algumas funções do paciente até que ele chegue ao hospital.
Já o desfibrilador externo automático, é essencial para reverter o ritmo cardíaco de arritmia para uma pulsação compatível com a vida.
Dominar as técnicas da RCP e saber utilizar o DEA pode parecer simples, porém se essas etapas forem realizadas de forma equivocada, o paciente corre o risco de ficar muito tempo sem receber oxigênio no cérebro, o que pode resultar em sequelas graves que duram pelo resto da vida ou até mesmo causar uma fatalidade.
Por isso, profissionais de saúde devem se preocupar em conhecer e dominar essas duas etapas com excelência, porque elas são fundamentais para aumentar as chances de sobrevivência do paciente.
A importância do conhecimento técnico em casos de parada cardíaca
Como você já pôde perceber, o atendimento rápido e eficiente pode salvar vidas nos casos de emergências cardíacas.
Também já ficou claro que dominar as técnicas certas vai permitir que você realize uma assistência médica com excelência e, com isso, melhorando as chances de sobrevivência do paciente.
O indicado é que todos os profissionais da saúde, independente de sua área, estejam preparados para prestar esse tipo de atendimento. E, para isso, é possível realizar diversos treinamentos que poderão ajudar a aprofundar os conhecimentos e desenvolver habilidades nesse tipo de socorro para um atendimento eficaz ao paciente.
A Active, por exemplo, oferece cursos oficiais da American Heart Association (AHA), focados nos atendimentos da parada cardiorrespiratória, no suporte básico à vida e atendimento pré-hospitalar com foco na RCP de alta qualidade.
Conheça mais sobre algumas opções de treinamentos que você pode optar para se tornar um profissional mais completo e pronto para fazer atendimentos em casos de parada cardiorrespiratória com segurança e qualidade:
- ACLS (Suporte Avançado de Vida Cardiovascular): treinamento para parada cardiorrespiratória, urgência e emergência cardiovasculares e suporte avançado à vida.
- PALS (Suporte Avançado de Pediatria): suporte avançado de vida em pediatria, desenvolvendo habilidades de atendimento de paradas cardíacas e arritmias em crianças.
- BLS (Suporte Básico à Vida): treinamento para os primeiros atendimentos da parada cardíaca, engasgos e asfixias em adultos, crianças e bebês.
Possuir um certificado nesses cursos permite que você atue em hospitais, prontos-socorros, pronto atendimento e consultórios, garantindo que você se sinta seguro e preparado para prestar um atendimento de emergência com rapidez e qualidade, ajudando a salvar vidas.
Tratamento pós parada cardíaca
Para aumentar as chances de sobrevivência e a qualidade de vida de um paciente após uma parada cardíaca, é importante compreender que o tratamento deve ir além dos primeiros socorros e da realização dos protocolos estabelecidos.
Depois que o paciente estiver estabilizado, o próximo passo do tratamento é identificar se houve alguma sequela e, quando confirmada, avaliar se é possível revertê-la.
A principal sequela em casos de parada cardiorrespiratória são as lesões cerebrais. Devido a falta de oxigenação no cérebro, a vítima pode ficar com a fala, visão, tato ou olfato prejudicadas, além de possíveis dificuldades motoras.
Para o tratamento dessas sequelas, é importante contar com profissionais como fisioterapeutas, fonoaudiólogos e médicos especialistas para ajudar na recuperação do paciente.
Além disso, é fundamental fazer uma investigação para descobrir a causa da parada cardíaca, aplicando os tratamentos corretos para evitar que ela não ocorra novamente.
Conclusão
A parada cardíaca é um dos atendimentos de emergência mais frequentes e um grave problema de saúde, pois apresenta uma alta taxa de mortalidade, principalmente quando não identificada e tratada de forma rápida.
Para aumentar as chances de sobrevivência da vítima de uma parada cardiorrespiratória, é importante que médicos e profissionais da saúde estejam preparados para prestar os primeiros socorros e aplicar os procedimentos corretos.
Para isso, os profissionais de saúde devem realizar treinamentos de capacitação e aprofundar seus conhecimentos em reanimação cardiopulmonar (RCP), uso de desfibrilador e de demais técnicas de suporte básico e avançado de vida.
Somente assim, será possível prestar um atendimento seguro, rápido e eficaz em casos de parada cardiorrespiratória, diminuindo a taxa de mortalidade e salvando mais vidas.
No site da Active, você tem acesso a mais informações sobre os cursos de capacitação para esse tipo de atendimento e a importância dessas certificações.
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